Na dúvida, é melhor evitar alguns sinais em algumas regiões.
Nos últimos meses, uma crescente preocupação tem surgido nas redes sociais em torno de gestos manuais em fotos, que, de forma equivocada, têm sido associados a facções criminosas. Casos recentes mostram como essas interpretações podem colocar pessoas inocentes em situações de risco.
Um exemplo que chamou atenção ocorreu em Jericoacoara, no Ceará, onde o jovem Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, foi vítima fatal de um ataque. Durante uma viagem em família, o adolescente posou para uma foto fazendo um gesto com três dedos, que algumas interpretações sugeriram se assemelhar ao formato de uma arma. Investigadores apontam que o sinal, supostamente relacionado a uma facção criminosa local, pode ter motivado o crime.
Outro caso preocupante aconteceu em Porto Esperidião, Mato Grosso, onde as irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, de 25 e 28 anos, foram assassinadas após compartilharem imagens nas redes sociais com gestos semelhantes.
A preocupação com esses gestos não se limita a essas regiões. Recentemente, a cantora Duquesa teve que retirar do ar o clipe de uma música após a repercussão negativa de um gesto manual presente no vídeo, que foi associado erroneamente a uma facção criminosa.
Em Feira de Santana, Marcos Vinícius Alves Gonçalves, um jovem sem antecedentes criminais, foi morto por criminosos devido a uma foto antiga na qual fazia um gesto que teria sido associado a uma facção.
Especialistas apontam que o fenômeno é mais pronunciado em regiões do Centro-Oeste e Nordeste, onde a presença de grupos criminosos é mais forte. Nesses locais, qualquer sinal que remeta a números ou gestos populares pode ser interpretado como uma associação a esses grupos.
O tema ganhou grande repercussão na internet, com muitos usuários alertando para os riscos de gestos manuais em fotos e vídeos. A orientação é para que as pessoas tenham cautela ao posar para fotos, especialmente em regiões onde essas associações são mais frequentes, a fim de evitar mal-entendidos.