Protocolo "Não é Não" é assinado para garantir segurança em arenas esportivas.
Antes do apito inicial do jogo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, que terminou com o frustrante empate em 1 a 1, ocorreu uma cerimônia simbólica onde foi formalizada a assinatura da Carta-Compromisso pelo Feminicídio Zero e do Acordo de Cooperação Técnica para implementar o protocolo "Não é Não" em arenas esportivas.
Estiveram presentes na assinatura o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues Gomes; e a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Neusa Cadore. O objetivo da parceria é promover a segurança de meninas e mulheres que frequentam ou trabalham em estádios, incentivando ainda a inserção e permanência feminina no esporte em todas as categorias.
Durante a cerimônia, o governador Jerônimo Rodrigues destacou que o compromisso firmado exige ações práticas e contínuas. "Este protocolo não pode ficar apenas no papel. Vamos intensificar a criação de espaços para denúncias e promover, diariamente, um comportamento que combata o racismo e o feminicídio”, afirmou Rodrigues.
O protocolo "Não é Não" busca estabelecer diretrizes de segurança e respeito nos eventos esportivos, criando ambientes mais inclusivos e acolhedores. Essa iniciativa também se alinha aos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, que será sediada no Brasil, impulsionando o protagonismo feminino no esporte.
O movimento Feminicídio Zero, liderado pelo Ministério das Mulheres, ganhou força com o apoio de clubes e federações de futebol. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em dias de partidas locais há um aumento de 23,7% nos casos de ameaça contra mulheres em cidades como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Esse dado reforça a necessidade de transformar os estádios em espaços de conscientização e combate à violência de gênero.
Para a ministra Cida Gonçalves, a parceria é um passo importante para a mudança cultural. “O futebol, enquanto paixão nacional, tem o poder de engajar e transformar. Usar esse alcance para promover segurança e respeito é uma estratégia poderosa”, destacou.
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