Em 2022 houve queda nas vendas de veículos seminovos.
Depois deu um assustador aumento no valor da revenda, os veículos seminovos tendem a voltar ao patamar mais em conta, mas ainda acima do que eram comercializados na pré-pandemia, é o que acreditam os especialista.
Em 2021, devido a pandemia o número de veículos usados comercializados aumentou em todo país, mas de janeiro a outubro de 2022 houve uma queda de 14,6%, e a tendência é que os preços acompanhem essa redução.
Segundo a Federação Nacional do Automóvel em outubro de 2022 as quedas de veículos seminovos caíram para 6,4%.
De acordo com Ricardo Bacellar, da Bacellar Advisory Boards Automotive & Mobility, como não há mais emergência sanitária como em 2020 e 2021, quando as pessoas deixaram de utilizar o transporte coletivo, a tendência seja pela menor utilização dos veículos, que na grande maioria dos casos foram adquiridos no período de maior crise da pandemia devido ao risco de contaminação em ônibus, trens ou metrôs.
"Passado o ápice da crise, há carros novos disponíveis e o consumidor também não se sente mais tão pressionado a comprar um automóvel por risco sanitário no transporte coletivo. Com isso, há menos demanda pelos carros usados. É um retorno aos patamares pré-pandêmicos, uma acomodação. O preço vai cair como consequência da lei da oferta e da procura", disse ao UOL.
A tendência é que os preços dos veículos recuem, mas siga acima dos valores anteriores à pandêmia. "Os preços vão baixar, mas não vão voltar ao patamar de 2020, porque o carro novo encareceu. Voltaremos a usar a regra geral de depreciação de 15% no primeiro ano e 10% nos demais. Os carros que terão maior impacto no preço são aqueles cujas versões de entradas voltaram a ser comercializadas. É pura lei da oferta e da procura: se tem novo mais barato, o preço do usado também cai", afirmou o consultor Cássio Pagliarini, da Bright Consulting.
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