Equipamento utilizado pelo público jovem provoca diversos problemas respiratórios e vício
Nova mania entre o público o jovem, o cigarro eletrônico ganha cada vez mais adeptos, porém esse item que proporciona uma sensação de prazer é tão prejudicial quanto um cigarro comum, pois nele existem substâncias que podem desenvolver doenças respiratórias e até câncer.
Nos eventos, rodas de amigos, reuniões, e afins, o cigarro eletrônico, que não tem a venda autorizada no Brasil, tornou-se um equipamento cada vez mais presente, e a conversa de que o equipamento não faz mal atrai cada vez mais o público jovem, porém esse tipo de produto provoca diversos problemas no organismo, principalmente nos pulmões.
O Info Serrinha conversou com o fisioterapeuta cardiorrespiratório e terapia intensiva, Fábio Rodrigues, que explicou os males que o cigarro eletrônico apresenta para as pessoas que fazem uso de maneira demasiada. "Os componentes que formam o vapor do cigarro eletrônico apresentam substâncias que não são bem toleradas pelo organismo. Essas substâncias são compostas de materiais oleosos que se depositam nos pulmões causando uma doença conhecida como EVALI, que é uma doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico e que provoca falta de ar, cansaço em pequenos esforços, nódulos pulmonares e até câncer", alertou.
Muitas pessoas se enganam achando que pelo fato do cigarro ser eletrônico não faz nenhum tipo de mal à saúde, tese essa que é totalmente descartada pelo cardiologista. "Faz mal sim, claro que algumas pessoas não irão desenvolver doença, porém em outra parcela pode sim desenvolver a doença. Nenhuma substância inalada para dentro dos pulmões é inofensiva, uns usam como substâncias oleosas e que estimulam o vício, e outros usam substâncias psicoativas e até nicotina, como todo cigarro, e esse também causa sensação de prazer, prazer este que faz mal ao corpo e organismo".
O cigarro contém substâncias que são tóxicas, e quando inaladas podem provocar graves lesões nos pulmões. "O propilenoglicol e a glicerina geram irritantes pulmonares e compostos de carbonila carcinogênicos, que quando aquecido em cigarros eletrônicos os metais contidos em bobina de aquecimento e invólucros de cartucho podem liberar metais como alumínio, cromo, ferro, chumbo, maganês, níquel e estanho".
Mesmo sendo utilizado por muitos jovens, o cigarro eletrônico não tem autorização para comercialização no Brasil por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da ANVISA RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009, e essa decisão se baseou no princípio da precaução devido à inexistência de dados científicos que comprovem as alegações atribuídas a esses produtos. "Como outras coisas proibidas em vários países, e aqui não é diferente, temos a venda abertamente a esses equipamentos e essências. Não se tem regulamentação e fiscalização do material que é usado para gerar a fumaça, origem e segurança. Deveria existir uma fiscalização mais efetiva nas tabacarias", concluiu.
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