Além de multa e vídeo de retratação, empresário erá que assinar a carteira de todos os funcionários.
Na última sexta-feira, 7, um empresário da cidade de São Miguel do Guamá, no Pará, foi indiciado pela Polícia Federal e ainda terá que pagar multa de R$ 300 mil.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais o empresário Maurício Lopes Fernandes Júnior aparece reunido com os trabalhadores da sua empresa coagindo todos, e afirmando que se o Bolsonaro ganhar a eleição cada um vai receber R$ 200, e ainda disse que "se o candidato Lula for eleito, as empresas vão fechar e as três indústrias cerâmicas de sua propriedade vão junto".
Indiciado por crime eleitoral (compra de votos), a PF multou o empresário em R$ 300 mil, além disso cada empregado com vínculo formou ou informal receberá um pagamento de R$ 2 mil, assinar as carteiras de trabalho dos funcionários sem registro e fornecer EPI para cada.
Maurício Lopes Fernandes Júnior ainda teve que gravar um vídeo de retratação após firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho-PA.
De acordo com o artigo 299 do Código Eleitoral, constitui crime “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". A punição prevista é de prisão de até quatro anos e pagamento de multa.
Esse é mais um caso de crime eleitoral cometido por patrões que de maneira direta ou indireta coagem seus empregadores a seguirem aquilo que eles desejam. Antes do 1º turno a ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, proprietária de terras no município de Barreiras precisou gravar vídeo de retratação após sugerir que os funcionários que votassem em Lula nas eleições presidenciais fossem demitidos "sem dó".
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