Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lamentou postura adotada por muitos políticos.
Sabe aquele ditado que não se deve misturar política com religião? Nesta terça-feira, 11, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota oficial lamentando a postura adotada das pessoas que estão utilizando a Igreja como instrumento para conseguir votos no 2º turno da eleição.
Na nota a CNBB lamenta e reprova as ações e comportamentos.
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no 2º turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições, desse modo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lamenta e reprova tais ações e comportamentos.
A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade com o Evangelho.
Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral.
Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade se sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário".
No primeiro turno a CNBB se manifestou afirmando que o então candidato Padre Kelmon não fazia parte da Conferência e que mesmo é "não sacerdote da Igreja Apostólica Romana, sem qualquer vínculo com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco", além de reforçar que "padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos".
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