As escolhas do presente definem o futuro.
2024 foi um ano de escolhas. Cada município brasileiro participou das eleições para Prefeitos e vices, como também para Vereadores. Para além dos meandros que envolvem estas seleções, é importante abordar o impacto que há na sociedade a partir do ano seguinte. E, eis que 2025 chega como o primeiro ano dos mandatos daqueles escolhidos pelo povo.
As nomeações, o planejamento, a euforia dos escolhidos, tudo isso vai se desvelando num cenário que precisa ser visto como o lugar para acertar. E não é difícil acertar quando as intenções estão em consonância com a ética.
Gestar uma cidade não é “descobrir o fogo”, alguns colocam como sendo a coisa mais complicada que a vida pública apresenta, contudo só há complicação quando fazer o certo não é o primeiro dos objetivos, quando o manto moral é sucumbido pela vaidade e pela ganância, quando os interesses escusos para se apropriar das benesses do poder gritam e saltam estimulando os agentes públicos a agirem com imoralidade e porque não dizer com indecência.
A moralidade administrativa não é temporal como a moral social, ela é impositiva, perene e aqueles que ocupam os cargos de decisão política precisam agir com a mais notável honestidade no que concerne à aplicação dos recursos públicos para promover a cidadania e o bem comum na sua inteira essência.
Reputo inconcebível a apropriação dos bens públicos para fins de interesse particular, os recursos a serem geridos pelos governantes são fruto da arrecadação tributária, das transferências, dos convênios e parcerias e devem ser utilizados exclusivamente para garantir o funcionamento dos serviços públicos em todas as áreas.
A Administração Pública é sobretudo o meio pelo qual se exerce a função de levar a cabo os programas e projetos que visem a promoção do bem comum, o acesso aos serviços que atendam a toda coletividade. Sendo exercida com a devida moralidade e honestidade, é tarefa fácil. Porque difícil é criar várias folhas de pagamento, dar frequência a pessoas que não residem na cidade, criar mecanismos para disfarçar o nepotismo, prevalecer-se da autoridade do cargo para macular a atividade e as diretrizes do setor público, entre outras condutas tão comuns nesse país onde os valores de correção já não são mais subvertidos e sim desrespeitados sem o menor pudor. Triste como seja, esta é a realidade.
Entretanto não se pode perder a esperança. Ainda há olhares atentos e vozes que não vão se calar diante do escárnio da corrupção. Os atos administrativos deverão atender ao quanto dispõe não apenas o ordenamento jurídico, mas principalmente ao imperativo da lei moral.
O desejo é de sucesso, acertos, respeito e decisões tomadas sob o manto da ética.